Corri a internet à procura das músicas que pudessem levar-me a mim e às outros em aventuras; bandas sonoras para explorarmos o mundo e para caminharmos em grupo. Músicas sobre amor, mas não o amor que prende — o amor que liberta. Não o amor raro que se espera — o amor abundante e que podemos criar todos os dias. Não o amor exclusivo — o amor por toda a gente.
Não encontrei.
O meio é a mensagem, e as mensagens que procuro não são as da internet. Talvez sejam a do teatro, talvez a dos bairros em que as pessoas ainda conversam.
Quero que sejamos as pedrinhas que fazem encravar as rodas dentadas. E enquanto não voltarem os carrascos para pôr a máquina a trabalhar outra vez, vejamos a paisagem aparecer à medida que o fumo se esvai.
A minha missão no mundo é fazer as pessoas abraçarem-se. É esse o propósito da dança, da música, do design, dos livros, das aulas.
Aprendamos a apreciar as rugas e a deixar as páginas por aparar.
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