sexta-feira, 13 de junho de 2014

♫ S'étient le soleil

S'éteint le soleil by Yelle on Grooveshark

Defini uma hora para ir para a cama e estou feliz por isso. Tenho um monte de trabalho em mãos, mas hoje vou saber fazer só uma parte e poder dormir. O meu irmão veio ter comigo. Ficou a ver-me trabalhar na minha cama, e adormeceu. Está tanto calor... Estamos ambos de tronco nu e com calções iguais. Doem-me as costas. Deito-me mesmo ao lado dele, olho para o tecto, e apercebo-me de como é bom viver. A vida é difícil, mas vai-se fazendo, disse isso tantas vezes hoje. Encosto-me à parede e encontro o fresco que procurava. Eu caminho para a organização, para uma vida arrumada e com paz, onde posso fazer o que gosto e tenho tempo para amar. Uma vida menos vítima da velocidade. E é possível! Esta é apenas uma fase transitória. É bom viver. E vai ser melhor. Aguenta, Tomás. Aguentem, amigos, porque às vezes tenho vontade de ser um só com os meus amigos. Quando isso acontece é quando me sinto melhor... =)

domingo, 8 de junho de 2014

Inércia

Inércia dos diabos...

Escrevo porque há uns tempos me perguntei: "Quais são as maiores certezas que há dentro de ti? Aquelas que não mudam nos momentos em que estás eufórico e nos momentos em que te apetece desistir de tudo e fugir...?", e na altura só me lembrei desta: gosto/preciso de escrever. Às vezes resolve as coisas. Só que depois tenho vontade de publicar aqui, porque este sempre foi o meu melhor diário, e por isso tenho medo de escrever o que não vos interesse, ou o que não fique à altura. Isto é um diário muito ambíguo, muito indisponível! Mesmo assim, talvez o prefira porque me sinto só, e aqui sei que sou lido por quem me quer bem. Obrigado.

Podia pegar numa página completamente em branco, dar-lhe um título e chamar-lhe arte, porque ia expressar o que estou a sentir agora, mas mesmo assim seria insuficiente...

Eu que sempre me entreti a produzir alguma coisa, não me apetece fazer nada. Tenho ideias... Caminhos divertidos e desafiantes que se apresentam à minha frente, ascendendo a resultados dourados. Lá ao fundo vejo um Tomás mais crescido, mais capaz, cada vez mais auto-disciplinado. Não obstante, não os quero percorrer.

Não quero dançar. Abala-me reparar nisso. Ou quero dançar, mas não quero sair da cadeira. Não é preguiça, muito menos procrastinação, é simples inércia, polar vegetal, é muito diferente. É ter um mau-contacto cá dentro que me impede de funcionar. Estou desligado. Estou com o espírito em pausa, e a cor temporariamente indisponível. Quero dormir, mas dói-me ir para a cama sabendo que não fiz absolutamente nada.

Que agonia.