quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Na minha língua não mexem vocês!

A língua portuguesa faz parte de mim desde que nasci, e tenho com ela uma relação de intimidade extrema. Os meus pensamentos materializam-se nesta língua. É nesta língua que eu expresso o meu amor pelas pessoas mais importantes da minha vida, é com esta língua que eu tento motivar e dar alegria de viver a quem amo quando mais precisam. É nesta língua que eu escrevo reflexões desenterradas do mais profundo de mim antes de adormecer e mantenho um registo do meu crescimento e história. (Há quem diga que a língua portuguesa, pela sua riqueza, tem muitas mais potencialidades neste propósito do que outras línguas.)

E agora vêm uns fedelhos, que não sabem nada sobre comunicação nem sobre linguística, introduzir-se desta forma invasiva na língua com que eu sonho, e na língua com que todas e todos construímos a nossa história, e forçar-nos a escrever de determinada maneira?

Chamem-me sensível, mas injectar-lhe uma directiva que vem do exterior, mal fundamentada e prepotente, é um pouco desrespeitoso. É artificial, é desagradável, é sujo.

Sobre isso ando a escrever — e reescrever, e a arrumar, e a escrever outra vez (daí a demora) — alguns textos, que podem encontrar aqui.

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