terça-feira, 9 de dezembro de 2014

No Metro enlatado não interessa para que direcção estamos virad@s. O que interessa é que nos estamos a deslocar, ou a ser deslocados, e somos apenas pontos. Não precisamos de nos segurar, porque o silêncio entre os pontos que somos sustém-nos como um campo magnético. A pessoa que põe música no Metro, consciente do seu poder, decidiu não iniciar nenhuma revolução. Em vez disso prefere interrogar-nos suavemente, como quem faz uma festinha paternalista. Em plena hora de ponta, "Mad World" de Gay Jules. À noite, quando já não há ninguém, o poder de "Precious", dos Depeche Mode.

Sem comentários:

Enviar um comentário