Senti aquele vazio desesperante de chegar ao fim, de não haver mais. Outra vez. Apeteceu-me fazer tudo para continuar, para prolongar o tempo, para fazer nascer outra vez o que, afinal, já fora gasto e desgastado, com gosto.
Seria o termo parte da experiência?
Sim. Mas a sede desmedida tornava-o indesejável. O ideal seria o infinito, linear e tão simples.
O fim é essencial.
O infinito é capricho. Quem o segue cansa e não alcança. Não chega a pensar no que sentiu, nunca se contentará.
Contentei-me com o fim, em vez de procurar o que nunca me chegaria.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Que texto tão bonito, Tomás!
ResponderEliminarDepois de ler o Avançar na Sombra?! Ainda bem que não foi o fim - pelo menos, nunca será o fim da amizade que construíste comigo. Essa prometo nunca quebrar... Um grande beijinho
Refiro-me ao fim do livro.
ResponderEliminarE o mesmo se aplica a tanta coisa... Peças de teatro, seja actor ou espectador; espectáculos de dança; álbuns de música, tudo...
Eu odeio fins.
E é tãao fixe que a seguir venha um recomeço!
Já acabaste de escrever?
Muitos beijinhos.