sábado, 19 de março de 2011

Der Prozess na escola

Esta semana a minha turma foi atingida por um fulminante raio de azar Kafka. A história quase igual (apesar de ainda não ter lido "O Processo"). Fomos apanhados no meio de um terrível procedimento - um conselho de turma - que terminou no infortúnio da pior penalização a que nos podiam condenar - cancelaram-nos a visita de estudo!
Por sermos altamente filosóficos e autênticos guerreiros pela justiça na escola (quando ela nos convém), indagámos o motivo de tal processo...
Nada de muito estranho se tinha passado nos últimos tempos. Houve muitas tentativas de falta colectiva, mas nada resultou; não fizemos muito barulho nas aulas; estávamos relativamente estáveis. Só me recordo do escândalo na aula de Desenho. (Quando o Carlos atirou a borracha do Manel para fora da janela e esta ficou retida numa espécie de parapeito afastado. Estávamos no 4º andar, e o Manel saiu pela janela para ir buscar a borracha. Em jeito de gozo o Carlos fechou-lhe a janela e ele ficou preso lá fora, empoleirado no parapeito. Quando finalmente o primeiro o deixou entrar, o Manel teve que apoiar o pé no estirador, que se virou todo, desequilibrando o rapaz e causando barulho e confusão. Todos os olhos se viraram para aquele canto da sala e o professor foi acudir e repreender por se ter "posto uma vida em risco" por causa de uma borracha.)
Excepto isso, não aconteceu nada nos últimos tempos.
Já tentámos de tudo para perceber o porquê do conselho disciplinar. Perguntámos aos professores - uns dizem que não sabem de nada, outros não querem dizer, e a Directora de Turma diz que nós é que devíamos saber as asneiras que fizemos.
Está bem, pode ser que com este castigo aprendamos a lição e nunca mais repitamos o erro de fazer o-que-não-sabemos-o-quê.
Puramente kafkien. É vida.

Sem comentários:

Enviar um comentário